Projeto Aprendizagem Autorregulada em SmartArt (SmartArt)

17 Oct 2021

SmartArt avança no seu desenvolvimento para além dos objetivos inicialmente propostos

O projeto SmartArt avança no seu desenvolvimento para além dos objetivos propostos no início e apresenta um interessante resultado de generalização da metodologia de ensino-aprendizagem a outras áreas de conhecimento, nomeadamente Neuropsicologia e domínios STEM, para além da área inicial, História da Arte.

Um ano mais, a Associação Estratégica do Projeto SmartArt, cofinanciado pela Comissão Europeia, participou nas jornadas de ERASMUSDAYS 2021 com o propósito de dar a conhecer os avanços realizados no projeto ao longo dos seus dois anos de implementação.

Durante as jornadas apresentaram-se três conferências. A primeira, “Como desenhar materiais de aprendizagem utilizando um avatar”, da responsabilidade da Dra. María José Zaparaín Yáñez. Esta professora da Universidade de Burgos é especialista em gamificação aplicada à aprendizagem da História da Arte.

Nesta sua intervenção abordou aspetos do desenho de avatares para favorecer a aprendizagem autorregulada em pessoas adultas. Assim, a sua conferência centrou-se no desenvolvimento de um avatar dentro da aula virtual de aprendizagem da História da Arte no projeto SmartArt, explicando as suas características, funções e recursos.

Atualmente, no âmbito da História da Arte finalizou-se o módulo sobre as origens dos mosteiros na Europa e encontra-se em desenvolvimento mais dois módulos: um relativo à Escultura Clássica grega, e outro referente à pintura italiana do Renascimento. De seguida, a Dra. María Consuelo Sáiz Manzanares, coordenadora do projeto, explicou na sua conferência “Como elaborar rúbricas de avaliação orientadas aos processos numa aula virtual inteligente dentro do projeto SmartArt”.

Sáiz Manzanares referiu-se à elaboração de rúbricas para a análise de competências conceptuais, procedimentais e atitudinais. Estas rúbricas servirão tanto como instrumento de avaliação para os professores como de autoavaliação para os estudantes. Assim, a professora Sáiz-Manzanares apontou as vantagens que tem a utilização de plataformas virtuais de aprendizagem no acompanhamento personalizado dos alunos, pois estes sistemas registam toda a informação sobre as condutas de aprendizagem dos utilizadores na forma de registos ou logs. A análise de tais registos, com a utilização de técnicas de Learning Analytics ou de Educational Data Mining, facilita o conhecimento dos padrões de aprendizagem de cada estudante e, em função de tais padrões, oferece programas de aprendizagem personalizada. 

A coordenadora deste projeto explicou que se criaram duas aulas virtuais adicionais: uma relativa à aprendizagem de conceitos de Neuropsicologia que foi implementada com estudantes de Terapia Ocupacional, e outra sobre a aprendizagem de conceitos de Física que foi implementada com estudantes do Ensino Secundário. Por último, a professora Sandra Rodríguez Arribas, especialista em big data e redes sociais, proferiu a conferência “Redes sociais como elemento difusor dos projetos de inovação docente”.

Na sua conferência explicou como difundir informação nas redes sociais a partir do uso de sistemas de programação Hootsuite. Trata-se de um recurso sofisticado que permite programar a difusão de conteúdos em várias redes sociais em distintos idiomas. Especificamente, no projeto SmartArt utilizaram-se Twitter, Instagram e Facebook, para além do canal YouTube. A utilização desta tecnologia reduz custos em tempo e amplia a difusão.

O projeto SmartArt avança no seu desenvolvimento para além dos objetivos propostos no seu início e apresenta um interessante resultado de generalização da metodologia de ensino-aprendizagem a outras áreas de conhecimento, nomeadamente Neuropsicologia e conteúdos curriculares das STEM para além da inicial História da Arte. De acrescentar que todos estes resultados tiveram uma valorização muito positiva no relatório intermédio do projeto realizado pela SEPIE.

Sobre o projeto SmartArt

O projeto SmartArt centra-se na generalização de novas formas de ensino da História da Arte na educação de adultos através do uso de novas tecnologias com um software de seguimento ocular que regista a motivação e a aprendizagem dos utilizadores e cria distintos perfis, personalizando a aprendizagem e as necessidades de cada pessoa, o que permitirá aos adultos “olhar” a arte com “outros olhos”.

Os seus objetivos centram-se na planificação de aulas virtuais para a aprendizagem destes conteúdos, gerando um ambiente virtual que integra ferramentas de aprendizagem autorregulada, um contexto personalizado onde se utilizam distintos recursos hipermédia (avatares, feedback automático, registos de padrões de aprendizagem, etc.), com a utilização de diversas técnicas de tratamento e de análise de dados, assim como de inteligência artificial e mineração de dados.

Para além disso, nos seus dois anos de desenvolvimento em torno da aprendizagem da História da Arte, foram elaboradas mais duas aulas, uma relativa à aprendizagem da Neuropsicologia e outra na aprendizagem de assuntos no campo das STEM.

Para além da Universidade de Burgos, nesta parceria estratégica, participam a Universidade de Oviedo, a Universidade do Minho (Portugal) e a Universidade de Valladolid, assim como as empresas Bjäland Technologies (España) –responsável pelo desenvolvimento tecnológico - e Paragon Limited (Malta) -responsável da transferência multissectorial dos resultados.

Estas Jornadas decorreram no Salão de Graus da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Burgos e o conteúdo das mesmas pode visualizar-se no canal do YouTube do Proyecto SmartArt.

Os resultados das investigações levadas a cabo podem consultar-se e ser descarregados, de forma gratuita na web do projeto, nos três idiomas que integram a Associação Estratégica (Espanhol, Inglês e Português).

Dois eventos mais

Antes de finalizar o ano ainda se celebrarão outros eventos do projeto, um no Convento de São Francisco (Silos) em colaboração com a Fundação Silos, e outro na Autarquia de Aranda, ambas entidades colaboradoras do projeto SmartArt. Em ambos se apresentarão os produtos intelectuais de transferência e enriquecimento e a plataforma interativa VLE.